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RenovaBio: o programa de crédito de carbono Brasileiro que realmente gera receita

Atualizado: 28 de abr.

Com certeza você já ouviu falar do mercado de carbono, a gente também já ouviu falar, e muito. Já ouvimos falar que é uma lorota ambiental, que é a salvação do aquecimento global e que é mercado bilionário. Tudo isso, ouvimos há mais de 20 anos. Mas afinal, na prática, esse mercado gera receita no Brasil?

Sim, gera receita! Existem dois tipos de mercado de carbono: a) mercado voluntário/internacional e; b) mercado regulado. No Brasil, o mercado mais famoso é o mercado voluntário, principalmente o que envolve um tipo de projeto chamado de REED+. Quer saber mais sobre esse tipo de projeto? Não é aqui que você vai encontrar! rsrsrs. O foco aqui é falar brevemente o que é o RenovaBio, que faz parte – e é o único programa – do mercado regulado do Brasil.

            Antes de falar brevemente sobre o RenovaBio (sim, nesse post vamos falar brevemente, pois tem muita, mas muita coisa mesmo para falar do RenovaBio), compartilhamos contigo três números:

 

- 100 milhões

- 100 milhões

- 8,3 bilhões

 

            O primeiro é a quantidade de créditos de carbono (ou melhor: créditos de descarbonização) que o RenovaBio emitiu e negociou no mercado. O segundo é a quantidade a menos de toneladas de carbono que deixaram de ser emitidas para a atmosfera. A fins de comparação, por ano, o Brasil emite cerca de 400 milhões de toneladas de carbono para a atmosfera provenientes da queima de combustíveis fosseis.

E o terceiro é a quantidade de movimentação financeira que o programa movimentou em 5 anos de existência.

 

Sim, o RenovaBio é um programa de crédito de carbono 100% brasileiro, bilionário e eficiente.

 

O RenovaBio é tipo um super programa do governo que valoriza demais os biocombustíveis aqui no Brasil. Ele beneficia e incentiva as indústrias de etanol e biodiesel, energias que podem ser utilizados como combustível na sua totalidade (puro), mas principalmente são misturadas à gasolina e ao diesel. Ele deixa as bases bem firmes pra nossa segurança energética, mas também pensa lá na frente, mostrando que os biocombustíveis não são só fontes de energia, mas sim impulsionadores de uma matriz energética mais sustentável, competitiva, segura e alinhada com a agenda global ambiental.

 

Quem participa do RenovaBio?

 

Principalmente as indústrias de etanol e biodiesel, mas não são somente elas. São elas que geram os créditos de carbono/descarbonização (Cbios), mas quem compra?

O RenovaBio tem regras bem claras que são conhecidas também por leis. Uma dessas leis, obriga as empresas distribuidoras de combustíveis fosseis a comprar os Cbios. Caso elas não comprarem e aposentarem esses Cbios, sofrem multas bem onerosas. Ou seja, existe uma regulação que obriga uma parte a comprar (por isso é um mercado de carbono regulado!).

Se no início do processo estão as indústrias de biocombustíveis que vendem e ofertam o crédito de carbono e na outra ponta estão as distribuidoras de biocombustíveis que compra, quem está no meio de tudo isso? Lá vai: Ministério de Minas e Energia (MME); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Firmas inspetoras (as que fazem auditoria); B3; Conselho Nacional de Política Energética (CNPE); Associações; EMBRAPA; Cadastro Ambiental Rural (CAR); e por aí vai.

 

O que são CBIOs?

 

No universo do RenovaBio, encontram-se os CBIOs ou Créditos de Descarbonização. Os CBIOS são certificados emitidos no âmbito do programa RenovaBio. Cada CBIO representa a redução de uma tonelada de dióxido de carbono equivalente nas emissões de gases de efeito estufa, resultante da produção de biocombustíveis. Esses créditos são utilizados para medir e certificar o impacto positivo na redução das emissões e também para gerar receita (uma boa receita) para a indústria.  

Cada indústria produtora de biocombustível tem uma nota, e é essa nota que vai definir o quanto ela pode emitir de CBIOs para cada litro de biocombustível vendido. Atualmente (início de 2024) a indústria participante que tem a melhor nota, consegue gerar 1 CBIOs para cada 393,84 litros de biocombustível vendidos. Já a indústria que tem a pior nota, precisa vender 368.716,2, litros de biocombustível para gerar 1 CBIOs. A média está em 3.062,43 litros de biocombustível vendidos para gerar 1 CBIOs. O valor médio de venda de cada CBIOs, nos últimos 5 anos, foi de R$ 83,00. Com isso é possível fazer belas contas.

 

Como ter uma nota boa para gerar mais CBIOs por litro de biocombustível vendido?

 

A geração de CBIOs não é um mistério complicado - ela se desdobra a partir de dois pontos cruciais: aprimorar a Nota de Eficiência Energética Ambiental (NEEA) e otimizar a Fração Elegível. Essas duas variáveis são como as engrenagens do motor que impulsiona a indústria de biocombustíveis na maximização da geração de CBIOs.


Nos próximos artigos, vamos desvendar os segredos por trás dessas variáveis, explorando estratégias e insights que permitem à indústria maximizar seus ganhos a partir da maximização de CBIOS, superar metas de sustentabilidade, impulsionando assim uma produção de biocombustíveis mais eficiente e ambientalmente responsável. Fique ligado para descobrir como essa equação se transforma em práticas sustentáveis e geração otimizada de CBIOs!


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Bioexecut - especialistas em RenovaBio

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