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Produtividade por hectare na RenovaCalc

No mundo do mercado de carbono da energia renovável, o Programa RenovaBio é uma grande referência. E dentro desse programa, uma ferramenta importante é o RenovaCalc.


O RenovaCalc é uma ferramenta desenvolvida para calcular a Nota de Eficiência Energética Ambiental (NEEA), que tem um importante papel na determinação da quantidade de créditos de descarbonização gerados pelas atividades relacionadas à produção de biocombustíveis. Em outras palavras, é como uma régua para medir a eficiência da cadeia dos biocombustíveis. Quanto maior a eficiência, maior será o Fator de Emissão e consequentemente maior será a geração de CBIOS, que são os créditos de de carbono, ou melhor dizendo, os créditos de descarbonização que tem alto valor e alta liquidez.


Cada campo de preenchimento no Renovacalc é importante na determinação precisa do NEEA, que é um dos dois componentes principais do Fator de Emissão. A escolha dos dados corretos para cada campo da RenovaCalc é fundamental para garantir que o cálculo final seja o mais preciso possível, levando em consideração os aspectos de eficiência e de legislação.


Os campos da RenovaCalc que iremos falar aqui estão localizados na aba DADOS_AGRICOLAS_PADRÃO, e são a Área total de Produção total, sendo que os dois campos compõe a produtividade por hectares na RenovaCalc.


Produtividade por hectare na RenovaCalc - onde inserir
Produtividade por hectare na RenovaCalc - onde inserir

Antes que isso, para melhor entendimento, é preciso saber que a RenovaCalc oferece duas opções de preenchimento para os produtores de biocombustíveis: uma a partir de dados primários, conhecidos como específicos, e outra a partir de dados considerados padrão. Essas duas opções são disponibilizadas para a fase agrícola. Iremos falar mais detalhadamente sobre elas em outro artigo. O foco aqui será no modelo de preenchimento usando dados padrão.


Tem dúvida sobre o preenchimento dos outros campos dessa aba? Confira 6 dicas de como preencher eles de forma correta.


Vamos lá então?!


Essas duas informações (área total e produção total) irão resultar na pegada de carbono da matéria prima adiquirida do produtor rural, que é calculada automaticamente naa última coluna da imagem acima. No caso dos dados padrão, a pegada de carbono do produtor será calculada a partir da sua produção total – em que a própria ferramenta calcula levando em consideração a área total e produção total.


Quando maior for a pegada de carbono, menor será nota do NEEA e consequentemente menor será o Fator de Emissão que é igual a uma menor a geração de CBIOs. Em outras palavras, se a usina decidir superestimar (jogar nas alturas) a produção por área, a pegada de carbono do produtor será reduzida e a nota do NEEA aumentará. Por outro lado, ao subestimar a produção por área, a pegada de carbono aumentará e o valor do NEEA diminuirá. Mas existe um meio termo ideal que iremos relatar abaixo.


Tipos de Produtividade por hectare na RenovaCalc
Tipos de Produtividade por hectare na RenovaCalc

No gráfico podemos verificar que existem 4 estratégias para preencher o campo de produção total na RenovaCalc. Não recomendamos superestimar (A), pois estaria indo contra as diretrizes do programa, nem subestimar (D) , pois estaria deixando de gerar valores maiores de CBIOS. Recomendamos que os dados sejam coletados de forma precisa para evitar tanto a superestimação quanto a subestimação dos valores (C). 


Essa recomendação ocorre principalmente por ser um dos itens mais questionados em auditorias. Para a firma inspetora é simples analisar se houve inserção de dados equivocados (A e D), basta identificar a produção por hectare, dividindo a produção total pela área total. Por exemplo, se a usina de etanol de milho lançar uma produção total de 800t e área de produção for de 10ha, significa que foram produzidos 80t de grãos de milho por hectare, ou 1333 sacas de 60kg por hectare, ou seja, algo impossível de ocorrer a campo.


Em suma, se o resultado for maior ou menor que a realidade de campo, ocorre questionamentos e solicitação de evidências. E esses questionamentos ocorrem realmente, geralmente logo no início da auditoria.


A forma ideal de coleta dessa informação é diretamente com o produtor da biomassa (agricultor), porém sabemos que na prática, essa operacionalização fica um pouco difícil quando se trata de usinas de milho e soja. Uma alternativa é usar uma metodologia de dados públicos, como por exemplo, dados de produção total municipal do IBGE (B). Porém, esses dados do IBGE não retratam a realidade de campo, subestimando a produção total real e fazendo com que se deixe de emitir mais Cbios. 


Existem outras metodologias que podem ser facilmente aplicadas que fazem com que as informações de produção total por hectare sejam corretas, reais e justificadas (C).

 

Resumindo:

(A): Não passa na auditoria, ou seja, não recomendamos.

(B):  Não é tão difícil de aplicar. Corre o risco de não passar na auditoria, pois a metodologia do IBGE não tem base cientifica. Não recomendamos, pois deixa “dinheiro na mesa” e corre o risco de não ser aceita

(C): Recomendamos fortemente, pois seu custo e aplicabilidade é baixo comparando-se com o retorno que se obtém em Cbios. Além disso, é a única alternativa que tem evidências concretas para auditoria.

(D): Passa na auditoria (até sem evidência). É muito fácil de ser feita. Não recomendamos, pois pode comprometer/diminuir em até 30% a geração final de Cbio Ou seja, deixa “muito dinheiro na mesa” 

 

Por fim, não use má fé no preenchimento da RenovaCalc, pois cada vez mais os detalhes estão sendo analisados.


Como recomendamos o cenário (C), salientamos que essas metodologias de produção total real envolvem múltiplas áreas do conhecimento, como sensoriamento remoto, estatística e geoprocessamento. A BioExecut consegue aplicar essa metodologia em qualquer estado do Brasil, de forma remota e com as devidas justificativas e evidencias exigidas pelas firmas inspetoras, garantindo assim a maior geração de Cbios com os menores riscos. Conte conosco



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